O Brasil é indiscutivelmente, a maior potência agrícola do mundo. O agronegócio gera mais de 650 bilhões de Reais por ano para o Brasil, verdadeiro celeiro da Humanidade, hoje o maior exportador mundial de carne, açúcar, álcool, soja e outras commodities importantes, fornecendo alimentos para todos os brasileiros e para centenas de países, com o país, enfrentando desafios crescentes para, em cada novo dia encontrar grandes soluções que harmonizem a produção e o meio ambiente. Desta maneira o Brasil fortaleceu-se institucionalmente, ampliando sua estrutura operacional, implantando de forma eficaz novas ferramentas e sistemas de prevenção, monitoramento e fiscalização ambiental, com estabelecimento de módulos sustentáveis, e, o governo federal, nos últimos 20 anos passou a agir de forma conjunta com os órgãos ambientais, entidades representativas do agronegócio, organizações não governamentais e toda a sociedade produtora, representadas por suas associações de produtores de gado, promovendo uma gestão ambiental participativa, administradora de novos e eficientes pactos ambientais. Estes pactos visam a recuperação permanente de reservas legais, preservação das áreas componentes da chamada Amazônia Legal, principalmente nos estados de MATO GROSSO, MATO GROSSO DO SUL, TOCANTINS, GOIÁS e SUL DO PARÁ, para a realização do licenciamento de propriedades rurais e o respectivo processo de compensação das áreas de reserva legal, assegurando o cumprimento distributivo da legislação ambiental, com efetivos direcionamentos nos investimentos e desenvolvimento de ações práticas no sentido de melhor utilização das potencialidades do território brasileiro em termos da real utilização dos novos processos de sustentabilidade na pecuária e produção de carne de qualidade. O significativo aumento do PIB em outros países, e o aumento do preço do dólar norte americano, vem também colaborando pelo aumento gradual do consumo de alimentos, principalmente nos Estados Unidos, Reino Unido, Coréia do Sul, Emirados Árabes (OMAN, QUATAR, DUBAI), Kuwait, Arábia Saudita, Yemen, Jordânia e Irã. O incremento cada vez maior da pecuária sustentável, é normativa prioritária, para atender à crescente demanda de proteína animal em todo o globo. Daqui a 39 anos em 2.050, o mundo terá nove bilhões de habitantes, o que demandará dobrar a produção mundial de alimentos, principalmente de proteína animal, para atender este crescimento. Dado as grandes extensões territoriais do país, a produção pecuária normalmente é feita a pasto natural. Com isso, o país tem-se aplicado na criação e desenvolvimento do aumento progressivo de novos investimentos em manejos de pastagens naturais, tem progressivamente racionalizado ao máximo as tecnologias já existentes de manejo e remanejo de pastagens ecológicas ao mesmo tempo em que produz melhorias contínuas em todas as fases sequenciais dos processos de produção, abrangendo nestes processos: recuperação de pastos degradados, sanidade, processamento sustentável industrial adequado, comercialização, distribuição, rastreabilidade e muitos outros, atendendo a um mercado consumidor globalizado cada vez mais consciente no acompanhamento dos processos, analisados e pesquisados a partir do ponto de vista ecológico, sócio ambiental e dos princípios da sustentabilidade, com especiais cuidados voltados à preservação da biodiversidade, da manutenção dos mananciais e cursos de águas, da recuperação dos solos, e preservação das matas naturais no entorno de novas pastagens cientificamente elaboradas com gramíneas “brachiaras decubens”, de maior poder nutricional. O Brasil produz 9,5 milhões de toneladas de carne bovina. É o maior exportador do mundo de carne sustentável o chamado “boi verde”, alimentado apenas em pastagens naturais autossustentáveis, o que afasta do gado nacional o problema da encefalopatia espongiforme bovina, popularmente conhecida como doença da “vaca louca”, doença esta que, comprovadamente ataca o gado, criado em determinados tipos de confinamento, nos países carentes de espaço geográfico, como os países da União Europeia. De forma a atender a demanda crescente, os produtores brasileiros, tem criado excepcionais mecanismos de rastreabilidade do gado, e tem investido maciçamente em tecnologias funcionais no que tange ao monitoramento do desmatamento e critérios sócio ambientais na compra de bovinos rastreados de qualidade. Através da instituição destes pactos, alianças, e compromissos sócio ambientais, visando aumentar os níveis de sustentabilidade na produção de carne, as taxas de desmatamento caíram. Os números são absolutamente impressionantes. Nos últimos vinte anos a produção brasileira de carne aumentou mais de 227%, tendo tido necessidade mínima do aumento de áreas de produção (novos pastos), em apenas 3,5%.Isso significa um salto de produtividade muito acima da média mundial. A emissão de metano por quilo de carne produzida caiu 29%, a recuperação de antigos pastos antes degradados passou de 110%, sendo esta recuperação ainda acompanhada por significativos projetos de reflorestamento, inserindo as comunidades rurais, em melhores acessos à novos sistemas de tecnologia. As estimativas são de que a produção nacional das carnes de bovinos, suínos e aves passará a ser de 37,2 milhões de toneladas até 2.018, número que credenciará o Brasil, como o maior fornecedor mundial em todos os tempos, destes três produtos e seus derivativos, geradores de proteína animal. Atualmente, o setor produtivo da pecuária brasileira é cobrado pelas próprias associações produtoras no sentido de melhorar os seus índices de produtividade, conscientizando aos produtores associados que é possível continuar desenvolvendo as atividades agrícolas, sem precisar degradar as florestas, e com a implantação e respectiva utilização de bolsões de reflorestamentos em diversos trechos das pastagens produtivas, estabelecer uma efetiva relação harmoniosa, que resulta no equilíbrio ambiental, social e econômico, produzindo em sistemas naturais a intensificação de pastagens ecológicas, com isso a pecuária brasileira ficará cada vez mais sustentável para: diminuir, a pressão de desmatamento sobre as florestas; diversificar inclusive em termos econômicos as propriedades pecuárias, disponibilizando mais áreas para agricultura com melhorias ao meio ambiente e agroenergia, melhorando cada vez mais a imagem internacional da pecuária brasileira. O Brasil em 2.010, só em carne bovina, exportou para a Rússia, diversos países da Ásia e do Oriente Médio, mais de US$ 5 bilhões e até 2.020, é estimado um aumento de 3,6 milhões de toneladas para estas regiões, sendo o Brasil apontado como principal fornecedor desta demanda mundial. O peso populacional e o crescimento progressivo da renda per capita irão consolidar ainda mais os países em desenvolvimento como destinos preferenciais das exportações de carne brasileira, proveniente de uma pecuária efetivamente sustentável. Tenho trabalhado ativamente com os produtores de gado conscientes da observação e manutenção do meio ambiente, visando melhorar a performance do aproveitamento natural, utilizando as técnicas de produção natural objetivando um manejo cada vez mais auto sustentável e ecológico das pastagens, na produção do chamado “Green ox” (boi verde).
José Barbosa Leite
JBL World Consulting
www.jblworldconsulting.com
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