Segundo os estudos da FIESP o Brasil deverá apresentar até o ano de 2023, um aumento de 6,9% nas exportações mundiais de soja ante 3,7% de todos os demais países produtores do mundo juntos! Deverá ainda apresentar 3,3% dos embarques de milho ante 3,5% do resto do mundo e 2,1% de açúcar ante 1,9% dos demais países exportadores de açúcar do planeta.
O market-share a fatia de participação do Brasil no mercado externo deve saltar de 39,6% situados no ano de 2013 para 47,3% em 2023. e somarmos a estes números nossa participação no algodão, café, suco de laranja, frango, carne bovina, carne suína, peixes de rio como o PIRARUCÚ, o pintado e o tucunaré que são grandes sucessos internacionais, além de outras commodities de alto valor tais como: cacau, amendoim, borracha e outras commodities poderemos afirmar que no final do ano de 2023 seremos a maior potência agrícola e pecuária do planeta em todos os tempos. Seremos o celeiro do mundo.
Este fato significa que temos que pensar o agronegócio de uma maneira integrada que leve em consideração: ampliação do mercado de CPRs (Cédulas de Produto Rural), logística, infraestrutura, criação de ETCs (Estações de Transbordo de Carga), utilização de fertilizantes minerais naturais, utilização de complementos naturais de solos, recuperação de pastagens degradadas, projetos auto sustentáveis, criação de projetos de aproveitamento de rejeitos de minerações de ouro, incremento da Agricultura Familiar, ações de Sustentabilidade, melhoria dos processos de cidadania no campo, construção urgente de hidrovias, desassoreamento dos rios brasileiros, ampliação dos modais e intermodais, construção de estradas vicinais, construção de ferrovias e ampliação dos portos. Além disso, precisamos oferecer novas ferramentas e condições para acelerar os negócios no setor, como a criação de fundos de investimento em agronegócio, preços mínimos reais a cada ano, estabilidade na oferta de crédito, projetos de sustentabilidade financeira, aplicação cada vez maior e consistente do seguro agrícola e renovação do parque de máquinas agrícolas.
Desta forma, abriremos novas oportunidades com a geração de uma cadeia de indústrias de peças de reposição para aradeiras, secadeiras, segadeiras, foiçadeiras, colheitadeiras, tratores de todos os tipos e tamanhos, caminhões, camionetes, modernização dos portos, construção de barcaças, etc.
Todos estes fatores somados têm que ser efetivados de forma rápida e contundente para que impulsionem a competitividade, de maneira que permitam aumentar a produção em Economia de escala a fim de dar uma resposta ao incomensurável aumento da demanda e ao aumento do preço dos alimentos.
Entretanto, temos apenas 17 portos e destes, entre 7 a 8, trabalham muito acima da capacidade para o escoamento da safra agrícola em seu período mais intenso que vai de fevereiro a março.
Ao nos debruçarmos sobre os números do ano de 2023, poderemos ter um colapso, porque iremos ter todos os 17 portos totalmente tomados, trabalhando a duras penas, com extrema dificuldade, e ainda assim quando conseguirem, operando de maneira deficitária, com cargas de trabalho muito acima da capacidade instalada, inviabilizando uma significativa parcela das nossas exportações. Mas, com trabalho sério e competente, com certeza, iremos vencer essas dificuldades.
José Barbosa Leite
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