As pessoas perdem um tempo inestimável observando os defeitos alheios e esquecem de ver os seus próprios, porque, tentam de maneira afoita impor suas ideias nas mentes dos outros, sem verificar que inúmeros bons exemplos as cercam, e que cada um tem suas próprias ideias e que a somatória em gradiente da multiplicidade matemática das cadeias unidas de todas as ideias conjuntas em blocos e sub blocos, produzem novos elos de pensamentos criativos que fazem a coletividade encontrar soluções que vão formar a auto educação de cada um. As pessoas agem assim, porque, em vez de seguir a máxima do Evangelho que nos ensina a amar o nosso próximo como a nós mesmos, procuram enxergar no próximo um rival natural ou um inimigo a destruir. E como poderia ser diferente em um mundo primitivo e cruel em que reina o princípio de uma guerra sem fim pela vida, pela sobrevivência do dia a dia, e da vitória do mais forte, onde a lei é devorar ou ser devorado? Estaremos sempre observando os defeitos dos outros enquanto estivermos amarrados a uma cadeia de rivalidades, invejas, egoísmos, cobiças, lutas, medos contínuos e terror. Na verdade trata-se de uma luta animal instintiva. E, quando acordamos do nosso estado bestial, já é tarde para descobrirmos que não fizemos esforços para sairmos da animalidade para a espiritualidade. Quando nós como indivíduos conseguimos compreender que podemos superar essa fase e crescermos como entes do Bem ficamos horrorizados pela estupidez deste contínuo ato de agredirmos uns aos outros, com palavras duras, modos ríspidos e atitudes impensadas, e o que é pior ficamos surpresos quando só encontramos escombros onde achávamos que poderíamos encontrar jardins iluminados de paz e equilíbrio. TUDO porém, acontecerá quando formos vitoriosos na difícil batalha de vencermos a nós mesmos para o alcance dessa compreensão, e essa compreensão está em processo lógico, inserida na maneira pela qual entendemos a Sociedade e seus mecanismos sem querermos torcer a realidade em nosso favor.
José Barbosa Leite
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